O ICMBio confirmou, nesta quarta-feira (26), que 11 ararinhas-azuis soltas na natureza testaram positivo para circovírus — um vírus altamente letal para psitacídeos e sem tratamento disponível. A detecção acende um alerta sério sobre a sobrevivência da espécie, reintroduzida em 2022 após mais de duas décadas de extinção na natureza.
As aves contaminadas vivem na região de Curaçá, na Bahia, e foram recapturadas no início de novembro justamente por suspeitas de infecção. O primeiro caso havia sido identificado em maio deste ano, mas o número subiu para 11 indivíduos após novas análises conduzidas pelo ICMBio.
O circovírus provoca perda de penas, deformidades no bico e, na maioria dos casos, morte. Embora não ofereça risco a humanos ou aves de criação, representa uma ameaça direta à recuperação da ararinha-azul, que possui uma população mundial de menos de 200 indivíduos — boa parte ainda mantida em cativeiro.
Com a confirmação dos novos casos, as aves estão sendo divididas entre positivas e negativas, em um esforço para interromper a circulação do vírus. O ICMBio afirma que a prioridade agora é conter o surto e impedir que a contaminação avance para outros psitacídeos da região.
A investigação sobre a origem do vírus continua, e as autoridades reforçam as medidas de biossegurança no criadouro de Curaçá, que abriga 103 ararinhas.






