Morreu nesta sexta-feira (26), aos 83 anos, o trombonista sergipano Zé da Velha, um dos grandes nomes do choro e da música instrumental brasileira. O músico, vítima de uma infecção bacteriana, construiu uma carreira de mais de 60 anos e se tornou referência pela preservação e renovação do gênero.
Nascido em Aracaju, em 1º de junho de 1942, com o nome de José Alberto Rodrigues Matos, Zé da Velha iniciou a trajetória profissional ainda jovem. Nos anos 1950, integrou o conjunto Velha Guarda ao lado de Donga e Pixinguinha, período em que recebeu o apelido que o consagrou. Ao longo da carreira, passou por grupos como Conjunto Sambalândia, Orquestra Gentil Guedes, Chapéu de Palha e Suvaco de Cobra, sempre com o trombone como marca registrada.
Em 1986, formou uma parceria histórica com o trompetista Silvério Pontes, com quem criou a dupla conhecida como “a menor big band do mundo”, referência no choro e no samba instrumental.
A morte de Zé da Velha gerou comoção no meio musical. Silvério Pontes prestou homenagem nas redes sociais, lembrando o amigo como um “pai musical” e destacando sua sensibilidade ao tocar, marcada pelo respeito à tradição e à emoção.
Ainda não foram divulgadas informações sobre o velório e o sepultamento do músico.






