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Clube Helênico passa por dificuldades e vai a leilão judicial

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Foto: Reprodução

O tradicional Helênico Atlético Clube, no Rio Comprido, zona norte do Rio, acumula uma dívida milionária, de cerca de R$ 3 milhões, e já foi a leilão judiciário algumas vezes. O último aconteceu na terça-feira (22), mas sem lances devido ao alto valor da dívida e pela localização, considerada área de risco, por causa dos conflitos frequentes entre as comunidades da região.

O clube foi fundado em 1976 após a fusão do Astória Futebol Clube com o Sport Club Minerva, e possui um passado glorioso, abrigando grandes bailes de Carnaval, shows, sambas e feijoadas, além de participar ativamente de campeonatos de futsal.

De acordo com o empresário Miguel Estima, que faz parte do grupo gestor do Helênico, a dívida milionária é fruto de muitos processos trabalhistas do passado. Atualmente, o clube não tem funcionários.

“São inúmeros fatos que já existem há anos, de gestões presidenciais passadas, muitos processos trabalhistas e deixaram de pagar impostos também. E isso faz com que venha tendo esses leilões. Então, o clube tem uma dívida muito grande hoje”, diz.

Ele explica ainda que não existem sócios pagantes, só pessoas que já adquiriram alguns benefícios antigos, como sócios remidos, eméritos e beneméritos. “Com isso, não se paga mais anuidade do clube. Então, hoje, não tem quadro de sócios que chegue ali. Tem sócios, sim, mas sem pagar, sem contribuir”, explica.

No clube ainda funciona uma escolinha de futsal e também aluga o espaço para eventos, o que permite que mantenha as contas básicas em dia, como luz, água e IPTU.

O Helênico está com o CNPJ inativo por não ter pago os devidos impostos e seus lançamentos perante aos órgãos da Receita em administrações passadas. Isso ocorre quando uma empresa deixa de apresentar suas declarações contábeis junto à Receita Federal por mais de cinco anos seguidos.

O conselho gestor é formado por pessoas que têm ligação com o clube se uniram para tentar reorganizar as dívidas.

César Daflon, atual vice-presidente do Clube Municipal e ex-presidente do Helênico, esteve na gestão do clube no início dos anos 2000 e relata que já enfrentava uma crise na época.  Daflon diz ter esperança que o prefeito Eduardo Paes aponte alguma solução para salvar o Helênico. “Queria que ele olhasse o clube com carinho, a situação tão difícil. O prefeito podia fazer alguns projetos com o clube, é o único que tem ali entre Catumbi, Rio Comprido e Estácio”, diz.

“A gente tem amor ao clube e a gente vai lá e mantém para se Deus quiser dar a volta por cima. Tudo é possível. O governo às vezes dá uma benesse. Tudo é uma questão de trabalhar, levar eventos para lá”, completa Miguel Estima.

Professor da escolinha de futsal do Helênico, Fernando Barreto, 40 anos, tem uma história com o clube que começou na infância, aos 7 anos: “Eu jogava contra o Guanabara, depois fui convidado para jogar no Helênico e em seguida fui jogar em outro clube, mas sempre ficou um carinho especial pelo ginásio”.

“O clube atende hoje crianças de 6 a 14 anos, jogando as competições da Federação de Futsal do Rio de Janeiro. Nosso trabalho é diário, a gente atende as crianças da comunidade e de outros locais. O Helênico é um clube muito tradicional no futsal do Rio de Janeiro, revelou grandes jogadores como o Marcelo, Bruno Guimarães, entre outros atletas que tiveram a oportunidade de jogar na quadra do clube e hoje despontam no futebol não só nacional, mas como mundial”, diz.

Desde 2014, Miguel Estima conta que já muitas parcerias do clube com o Botafogo e com a Casa de Espanha. “Chegamos a nos classificar como vice Campeões no campeonato Brasileiro de Futsal e também fomos sete vezes campeões cariocas nas categorias adultos e nas outras categorias infantis também fomos campeões”, relembra.

Atualmente, ele diz que o momento é difícil também para realizar novas parcerias. “Vivemos hoje com a escolinha por conta dos pais que em conjunto com os professores na quadra arrecadam para poder nos manter disputando campeonatos, utilizando a minha própria empresa de eventos esportivos em conjunto com a empresa do professor Fernando”, conclui.