Ouça agora

Ao vivo

Play
Pause
Sorry, no results.
Please try another keyword
Leitura é incentivada em Nova Iguaçu com a distribuição de livros gratuitos para a população
Nova Iguaçu
Leitura é incentivada em Nova Iguaçu com a distribuição de livros gratuitos para a população
Bolsonaro é condenado por fala sobre venezuelanas “pintou um clima”
Geral
Bolsonaro é condenado por fala sobre venezuelanas “pintou um clima”
Maricá será cenário de filme sobre Oscar Niemeyer
Maricá
Maricá será cenário de filme sobre Oscar Niemeyer
Desfiles das escolas de samba do Rio vão passar a ter 54 jurados no carnaval de 2026
Carnaval
Desfiles das escolas de samba do Rio vão passar a ter 54 jurados no carnaval de 2026
Furtos de cabos no 1º semestre de 2025 geram prejuízos superiores a R$ 2 milhões, segundo a Rio Luz
Rio de Janeiro
Furtos de cabos no 1º semestre de 2025 geram prejuízos superiores a R$ 2 milhões, segundo a Rio Luz
Colônia Cultural de Férias anima crianças e adolescentes em Japeri
Baixada Fluminense
Colônia Cultural de Férias anima crianças e adolescentes em Japeri
Macaé recebe festival de muralismo com artistas do Brasil e do mundo
Norte Fluminense
Macaé recebe festival de muralismo com artistas do Brasil e do mundo

Operação mira facção com 18 mil detentos que girou R$ 70 milhões com o golpe do falso sequestro

Siga-nos no

Foto: Reprodução

A Polícia Civil do RJ iniciou nesta terça-feira (22) a Operação 13 Aldeias, contra uma quadrilha que, de dentro dos presídios, faz centenas de vítimas todos os dias com o golpe do falso sequestro e movimentou quase R$ 70 milhões entre janeiro de 2022 e maio deste ano.

O Povo de Israel surgiu há 20 anos e hoje conta com 18 mil integrantes, quase todos encarcerados em 13 unidades prisionais — dominadas pela facção e chamadas de “aldeias”. Esse volume representa 42% do efetivo prisional.

Agentes da Delegacia Antissequestro (DAS) — com o apoio do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Subsecretaria de Inteligência da Administração Penitenciária — saíram para cumprir 44 mandados de busca e apreensão. Entre os alvos estão 5 policiais penais suspeitos de ajudar os criminosos.

Diligências são realizadas em Copacabana e Irajá, na capital, e nos municípios de São Gonçalo, Maricá, Rio das Ostras, Búzios e São João da Barra, bem como no Espírito Santo. A Polícia Penal também efetua ações nos presídios.

O Povo de Israel foi fundado em 2004 por renegados por outras denominações — muitos são estupradores e pedófilos. De posse de celulares, que entram ilegalmente dentro dos presídios, eles criaram uma indústria de extorsões.

De acordo com a Polícia Civil, 1.663 pessoas físicas e 201 pessoas jurídicas foram utilizadas para fazer circular o dinheiro.

 

Nelson Hungria, a “central da extorsão”

Ainda segundo as investigações da DAS, a base da facção é o Presídio Nelson Hungria, que fica dentro do Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste da cidade.

Chefes do Povo de Israel são alvos da ação desta terça: Marcelo Oliveira, o Tomate; Avelino Gonçalves, o Alvinho; Ricardo Martins, o Da Lua; e Jailson Barbosa, o Nem.

Segundo a Polícia Civil, o inquérito mostra que há uma clara divisão de tarefas e funções dentro da organização. São chamados de “empresários” os presos responsáveis por obter o celular que será usado dentro da cadeia.

O apelido de “ladrão” é para aquele que faz as ligações para as vítimas, simulando vozes de parentes que estariam supostamente em poder da quadrilha. Tem também os “laranjas”, aliados fora das prisões que recebem o dinheiro obtido nos crimes.

Foi descoberto, por exemplo, que a quadrilha já tem ramificações no Espírito Santo e em São Paulo, com pessoas que recebem o dinheiro das extorsões em contas bancárias.