Ouça agora

Ao vivo

Play
Pause
Sorry, no results.
Please try another keyword
Faustão faz novo transplante de rim após complicações
Famosos
Faustão faz novo transplante de rim após complicações
Vasco domina o CSA e avança na Copa do Brasil
Esportes
Vasco domina o CSA e avança na Copa do Brasil
Dia dos Pais vai ser comemorado com cardápio especial em seis unidades do Restaurante do Povo
Mais Quentes
Dia dos Pais vai ser comemorado com cardápio especial em seis unidades do Restaurante do Povo
Secretaria de Saúde realiza campanha para atualização de dados no Sistema de Regulação
Estado
Secretaria de Saúde realiza campanha para atualização de dados no Sistema de Regulação
Rio investe R$114 mi em câmeras de reconhecimento facial
Estado
Rio investe R$114 mi em câmeras de reconhecimento facial
Fonseca bate chinês e avança no Masters 1000 de Cincinnati
Esportes
Fonseca bate chinês e avança no Masters 1000 de Cincinnati
Melou: West Ham e John não chegam a um acordo
Botafogo
Melou: West Ham e John não chegam a um acordo

Tarifas de 50% contra o Brasil entram em vigor nesta quarta-feira

Aeronaves civis, suco de laranja e petróleo estão entre os itens que ficaram de fora.

Siga-nos no

Entram em vigor nesta quarta-feira (6) as tarifas de importação de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre o Brasil. Com isso, parte dos produtos brasileiros vai pagar a mais alta taxa do mundo para entrar nos EUA.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na quarta-feira (30) um decreto que impõe uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, elevando o total para 50%. A medida, no entanto, prevê uma longa lista de exceções como suco de laranja, aeronaves civis, petróleo, veículos e peças, fertilizantes e produtos energéticos.

O líder norte-americano deixou quase 700 produtos fora da lista de itens afetados pela tarifa extra de 40%. Entre eles, suco de laranja, aeronaves, castanhas, petróleo e minérios de ferro.

Segundo a Casa Branca, o decreto foi adotado em resposta a ações do governo brasileiro que representariam uma “ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA”.

Na noite dessa terça-feira (5/8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ajustou os últimos detalhes do plano de socorro aos setores mais afetados. O mandatário recebeu no Planalto o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) e Rui Costa (Casa Civil).

O governo brasileiro deve anunciar, nos próximos dias, medidas direcionadas às áreas mais afetados pelo aumento de tarifas dos Estados Unidos. Segundo auxiliares, a principal preocupação do presidente Lula é com a preservação de empregos.

Na noite dessa terça-feira (5/8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ajustou os últimos detalhes do plano de socorro aos setores mais afetados. O mandatário recebeu no Planalto o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) e Rui Costa (Casa Civil).

Haddad havia indicado que os setores de produção sob medida para o mercado americano mereciam atenção especial. Segundo ele, as exportações para os EUA representam 12% da balança comercial brasileira, sendo que 4% foram atingidos diretamente pelas novas tarifas. Parte desses produtos pode ser redirecionada para outros mercados, mas há segmentos com maior dificuldade de adaptação.

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, antecipou na segunda-feira (5/8) que o plano de contingência terá linhas de crédito e compras governamentais, mas reforçou o caráter personalizado das medidas apresentadas Lula, considerando a necessidade das industrias afetadas:

Linhas de crédito: semelhante ao vivenciado no desastre do Rio Grande do Sul, o governo federal estuda conceder linhas de crédito para pequenos produtores.

Compras governamentais: Haddad citou o caso do governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), que apresentou ao governo proposta para comprar o pescado produzido no Estado que teria o destino aos Estados Unidos. De acordo com o ministro, existe espaço orçamentário para esse tipo de medida.

Reativação do Programa Seguro-Emprego: a medida deve permitir a redução de até 30% da jornada e dos salários de trabalhadores em empresas com dificuldades financeiras, semelhante ao que aconteceu na pandemia.
Ampliação do Reintegra: programa para pequenas empresas exportadores que permite recuperar parte dos tributos pagos ao longo da cadeia produtiva.

A ministra do Planejamento e Orçamento (MPO), Simone Tebet, também citou medidas de alongamento de prazo, carência, juros diferenciados e subsídios. De acordo com ela, as iniciativas ainda estão sendo estudadas pelo governo. ” É uma questão de tirar ou não tirar, a depender das exceções serem estendidas ou não”, disse.

Tebet avaliou também que algumas medidas dependem de autonomia de bancos públicos, como o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Brasil.

Negociações
Apesar da elaboração das medidas de contingência, o governo segue buscando o diálogo com os Estados Unidos. Haddad já reforçou que o Brasil não sairá da mesa de negociação – esta semana o ministro deve se reunir de forma remota com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent. “Nunca saímos da mesa de negociação nem sairemos. Hoje, nós ainda não temos um acordo”, disse Haddad.

Além disso, o governo deve acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC), segundo disse Alckmin. De acordo com ele, o presidente Lula vai decidir quando e como fazer esse contato.

Na noite de terça-feira (5/8), o presidente Lula se reuniu com Haddad e Alckmin para tratar do plano de contenção.