Um estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) aponta que o estado perde mais de 2,5 milhões de toneladas de materiais recicláveis por ano, o que deixaria de gerar 40,6 mil empregos diretos e indiretos e uma renda anual de R$ 11,6 bilhões. Entre os resíduos estão plástico, papel, papelão, vidro e metal, que poderiam ser reaproveitados.
O relatório, intitulado “Mapeamento dos Recicláveis Pós-Consumo no Estado do Rio de Janeiro”, utiliza dados de 2023 e mostra que a falta de infraestrutura e de circularidade impede que os resíduos entrem na cadeia econômica. Segundo a especialista em sustentabilidade da Firjan, Carolina Zoccoli, grande parte dos materiais vai parar em aterros, perdendo valor e oportunidades de reinvestimento.
A pesquisa também aponta que, embora a cadeia produtiva da reciclagem tenha crescido, ela ainda não atende à demanda do estado. A Firjan recomenda fortalecer cooperativas de catadores, formalizar o setor e criar incentivos econômicos para ampliar o reaproveitamento dos insumos.
Zoccoli destacou que a complexidade da cadeia econômica da reciclagem envolve desde cooperativas e atacadistas até a indústria recicladora. A falta de separação adequada na origem e de infraestrutura intermediária entre coleta e indústria faz com que muitos resíduos sejam desperdiçados, limitando o potencial econômico do setor no Rio de Janeiro.






