O furacão Melissa provocou devastação e mortes em sua passagem pelo Caribe, tornando-se uma das tempestades mais poderosas do Atlântico em mais de 150 anos. Chuvas torrenciais e ventos de quase 300 km/h deixaram ao menos 30 mortos e centenas de milhares de desabrigados na Jamaica, Cuba e Bahamas.
Autoridades ainda tentam contabilizar o número total de vítimas, que deve aumentar nos próximos dias. Enquanto o furacão se aproxima das Bermudas, equipes de emergência trabalham para reabrir estradas e resgatar comunidades isoladas.
O Melissa ganhou força rapidamente, passando de tempestade tropical para furacão de categoria 5 em apenas dois dias. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) classificou o fenômeno como “catastrófico” e o mais destrutivo da história recente do Caribe.
Na Jamaica, o primeiro-ministro Andrew Holness declarou estado de calamidade pública e descreveu o impacto como devastador. “Apesar das dificuldades, o espírito jamaicano se destaca”, afirmou, pedindo calma à população. Cerca de 77% do país ficou sem energia elétrica, e 140 mil pessoas estão isoladas.
Cuba e Bahamas também em colapso
O furacão atingiu Cuba na categoria 3, provocando destruição em Santiago de Cuba e obrigando o governo a retirar mais de 700 mil pessoas de áreas de risco. Já nas Bahamas, ventos intensos e tempestades costeiras forçaram a evacuação de quase 1.500 moradores.
Em Haiti, as enchentes causadas pelo furacão deixaram 23 mortos e 13 desaparecidos, segundo a Agência de Proteção Civil local.
Ajuda internacional mobilizada
Governos de vários países anunciaram ajuda humanitária imediata. O Reino Unido destinou 2,5 milhões de libras (cerca de R$ 17 milhões) em fundos emergenciais, enquanto a China enviou kits familiares e suprimentos básicos.
Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump autorizou uma “resposta imediata” com o envio de equipes de busca, resgate e apoio logístico, coordenadas pelo Departamento de Estado.
Enquanto o Caribe tenta se reerguer, especialistas alertam que as águas quentes do Atlântico e as mudanças climáticas estão tornando furacões dessa magnitude cada vez mais prováveis e destrutivos.






