O Rio de Janeiro registra a maior taxa de letalidade hospitalar por Acidente Vascular Cerebral (AVC) na Região Sudeste, segundo levantamento do Centro de Inovação SESI em Saúde Ocupacional (CIS-SO), da Firjan. Entre 2017 e 2023, 20,54% dos pacientes internados com AVC em hospitais fluminenses não sobreviveram, o que significa que uma em cada cinco internações resulta em óbito.
O índice coloca o estado à frente dos demais da região:
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Rio de Janeiro: 20,54%
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São Paulo: 16,30%
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Minas Gerais: 13,48%
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Espírito Santo: 12,86%
No período analisado, o Rio registrou 127.346 internações por AVC, com 26.162 mortes ocorridas em unidades hospitalares. A taxa de óbitos por 100 mil habitantes (37,92) também é a mais alta do Sudeste, superando a média regional de 34,87.
O coordenador do CIS-SO, Leon Nascimento, alerta para o impacto do tempo de resposta no tratamento.
“A alta taxa de letalidade hospitalar no Rio de Janeiro mostra que ainda enfrentamos grandes desafios na resposta ao AVC. O tempo entre o início dos sintomas e o atendimento especializado é determinante para a sobrevivência e a recuperação do paciente. Isso reforça a necessidade de ampliar o acesso a unidades preparadas e fortalecer as redes de atenção”, destacou.
O estudo reforça que o diagnóstico rápido, o tratamento em hospitais de referência e a estruturação das redes de urgência são medidas essenciais para reduzir o número de mortes e as sequelas causadas pelo AVC — uma das principais causas de mortalidade e incapacidade no Brasil.






