A Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DP-RJ) informou, neste domingo (2), que os corpos dos 117 suspeitos mortos durante a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, na última terça-feira (28), foram todos liberados do Instituto Médico-Legal (IML), no Centro do Rio.
O número total de mortos na ação, considerada a mais letal da história do estado, é de 121, incluindo quatro policiais. Segundo a Defensoria, os últimos corpos de suspeitos a serem liberados neste domingo foram de dois homens do Pará e um de Santa Catarina. A Polícia Civil informou que a perícia em todos os corpos foi concluída na sexta-feira (31).
Na quarta-feira (29), dia seguinte à operação, o IML do Centro chegou a suspender os atendimentos de rotina para focar exclusivamente nas vítimas da megaoperação, transferindo outros casos de necrópsia para o instituto de Niterói, na Região Metropolitana. O acesso ao edifício principal chegou a ficar restrito apenas a policiais civis e promotores do Ministério Público do Rio (MPRJ), que acompanharam os exames dos mortos na ação policial.
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Apesar do alto número de mortos, nenhum dos 109 suspeitos identificados pelo IML até o momento estava na lista da denúncia do MPRJ que serviu de base para a operação.
A denúncia citava 69 réus e pedia a prisão preventiva de 48 deles, incluindo lideranças do Comando Vermelho (CV) como o traficante Doca, que segue foragido. Dos 69 denunciados, apenas cinco foram presos durante a ação.
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Os dados oficiais confirmam a presença de criminosos de todo o país na operação. Segundo o Governo do Rio, dos 117 suspeitos mortos, 54 eram de outros estados, incluindo 15 do Pará, 11 da Bahia, nove do Amazonas, sete de Goiás e quatro do Ceará.
A investigação aponta que 78 dos mortos tinham antecedentes criminais e 43 possuíam mandados de prisão em aberto.






