O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou que classificar facções criminosas e milícias como terroristas não contribui para enfrentar o crime organizado. Segundo ele, a medida é inócua e pode servir de pretexto para intervenções estrangeiras no Brasil.
Randolfe declarou que o combate ao crime deve ser conduzido pelos brasileiros, com políticas de Estado e não com disputas ideológicas. Para ele, o foco deve estar em estratégias práticas, como o aumento de penas e o bloqueio de fluxos financeiros das facções.
O senador comentou sobre a disputa entre dois projetos que tratam do tema: o PL das facções, proposto pelo presidente Lula, e o PL do Terrorismo, de autoria do deputado Danilo Forte (União-CE). A Câmara pode decidir unificar as propostas em um único texto.
Especialistas têm alertado que a equiparação das facções ao terrorismo pode expor o país a riscos de intervenção internacional. Randolfe afirmou que a prioridade deve ser fortalecer a coordenação entre as forças policiais e investir em inteligência.
Para o parlamentar, o debate não deve se limitar a rótulos, mas à efetividade das políticas públicas. “O problema do crime organizado será resolvido por nós, brasileiros”, reforçou Randolfe, ao defender um enfrentamento técnico e coordenado das facções.






