O projeto de lei que permite ao governo do estado vender mais de 60 imóveis públicos recebeu novas emendas durante a sessão desta quarta-feira (12). Deputados propuseram incluir propriedades simbólicas, como o prédio histórico da Central do Brasil, o terreno do Engenhão e a Rodoviária Novo Rio, além de terminais em Nova Iguaçu, Niterói e Nova Friburgo.
Antes da votação, o texto passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que acrescentou o Complexo do Maracanã, a Aldeia Maracanã e o 6º BPM da Tijuca. A justificativa do governo é utilizar os recursos arrecadados para reduzir a dívida do estado com a União, estimada em R$ 12,33 bilhões em 2026.
A proposta foi criticada por parlamentares da oposição, como Luiz Paulo (PSD) e Carlos Minc (PSB), que classificaram o projeto como uma “Black Friday” do patrimônio público. “É uma queima de estoque a preço de banana”, disse Minc em plenário.
Entre os defensores da medida, o deputado Alexandre Knoploch (PL) afirmou que o prédio da Central do Brasil está desocupado e em condições precárias. Segundo ele, o imóvel tem alto valor comercial e poderia gerar receita para o estado. Knoploch também criticou o prefeito Eduardo Paes, que havia sugerido transferir a sede do governo estadual para o local.
A inclusão da Aldeia Maracanã na lista de venda provocou embate entre Rodrigo Amorim (União) e Marina do MST (PT). Amorim argumentou que o espaço está abandonado, enquanto Marina contestou, afirmando que o terreno pertence à União e é destinado aos povos indígenas. O caso segue sob análise judicial e é acompanhado pelo Ministério Público e pelo TRF2.






