O governo do Rio inicia nesta segunda-feira (17) a megaoperação Barricada Zero, a maior ofensiva já articulada para remover obstáculos erguidos por grupos criminosos. O ponto de partida será Jardim Catarina, em São Gonçalo, uma das regiões mais afetadas por bloqueios que transformaram a circulação de moradores, comerciantes e serviços públicos em um percurso de risco e lentidão diária.
O anúncio será feito no Palácio Guanabara pelo governador Cláudio Castro, ao lado de prefeitos da Região Metropolitana. A estratégia une maquinário e equipes municipais às operações da Polícia Militar, ampliando de forma expressiva a capacidade de remoção. Atualmente, a PM dispõe de seis kits — retroescavadeiras e caminhões basculantes — dedicados exclusivamente à retirada de barricadas. Com o reforço das secretarias estaduais, outros 20 kits serão adicionados, número que deve triplicar com a adesão das prefeituras.
A operação avançará por quadrantes, começando por grandes complexos como Alemão, Penha e Israel, com o compromisso de estabilizar completamente cada área antes de seguir para a próxima. Segundo o governo, a ação não será pontual: sempre que houver tentativa de reconstrução dos bloqueios, as equipes retornarão de imediato.
Entre os prefeitos convidados para a reunião, Eduardo Paes, no Rio, e Capitão Nelson, em São Gonçalo, terão papel central na execução da estratégia, dada a alta concentração de barricadas em seus municípios. A missão é transformar a Barricada Zero em um processo contínuo e articulado, capaz de recuperar vias, restabelecer fluxos e enfraquecer o domínio territorial imposto por facções e milícias.






