O governador Cláudio Castro apresentou a primeira fase da Operação ‘Barricada Zero’, que prevê remover estruturas instaladas por facções em comunidades da capital, Região Metropolitana e Baixada Fluminense. A ação busca garantir o acesso das forças de segurança e de serviços essenciais, hoje dificultado pelas barricadas.
A operação começa no Jardim Catarina, em São Gonçalo, onde ruas inteiras permanecem bloqueadas e o tráfego virou um problema diário para moradores e comerciantes. Técnicos confirmaram 13.604 pontos mapeados pelo Instituto de Segurança Pública, número que pode ser maior, já que drones e incursões continuam identificando novas barreiras. O local será o primeiro a receber as equipes.
Quatro secretarias — Meio Ambiente, Infraestrutura, Cidades e Agricultura — atuarão juntas na retirada de entulho, carros incendiados e trilhos usados como bloqueio. As polícias Militar e Civil darão cobertura às equipes nos territórios. Castro afirmou que as barricadas não oferecem proteção real, já que muitos confrontos ocorrem justamente em áreas fechadas por essas estruturas.
O Disque Denúncia abriu um canal exclusivo para que moradores informem ruas fechadas, com atendimentos por telefone, WhatsApp e aplicativo. Para a execução, o governo vai disponibilizar 50 kits de demolição com motosserras e máquinas de alto desempenho. Prefeituras indicarão locais de descarte e Duque de Caxias funcionará como base para municípios sem estrutura adequada.
A iniciativa foi inspirada em Belford Roxo, onde a prefeitura afirma ter retirado todas as barricadas após reforçar a atuação conjunta com as forças de segurança. O prefeito Márcio Canella destacou que o conhecimento do território torna o processo mais eficiente. Caso barreiras sejam recolocadas, a resposta será imediata, com operações do Bope e da Core.






