O Botafogo vive um momento extremamente delicado na temporada. Após conquistar os títulos da Copa Libertadores da América e do Campeonato Brasileiro, o time entrou em uma fase de queda acentuada de desempenho.
Atualmente, são três jogos seguidos sem vitória e apenas duas vitórias nas últimas oito partidas, o que acendeu o sinal de alerta entre diretoria, torcida e comissão técnica. A tensão é tanta que, neste sábado, 20, o clube surpreendeu ao chegar ao Estádio Nilton Santos em um ônibus comum, sem qualquer identificação visual do Botafogo.
Nada de escudo, cores ou qualquer referência ao clube. A atitude gerou estranheza e levantou questionamentos entre torcedores e imprensa. A escolha parece estar ligada ao desejo de evitar confrontos com a torcida, que vem demonstrando crescente insatisfação com os resultados recentes e o desempenho em campo.
O gesto simbólico expõe o clima nos bastidores: um elenco pressionado, um técnico contestado e uma torcida que cobra uma reação urgente. A decisão de ocultar as cores do clube pode até servir para reduzir a tensão no trajeto até o estádio, mas não apaga a necessidade de dar uma resposta dentro de campo.
O confronto contra o Atlético-MG, neste contexto, ganha peso de decisão. Não se trata apenas de três pontos: é uma tentativa de reconstrução da confiança, de retomada do respeito e de reconexão com a torcida. Uma nova derrota poderá ampliar ainda mais a crise e tornar insustentável a permanência de alguns nomes no comando técnico e no elenco.
Botafogo não faz boa temporada
Portanto, o Botafogo precisa reagir. Precisa voltar a vencer. Precisa, acima de tudo, reencontrar sua identidade em campo. Chegar sem escudo pode evitar cobranças no trajeto, mas não esconde o fato: o Glorioso vive um momento de escuridão. Além dos resultados ruins, pesa também o desempenho em campo. O time tem criado pouco, desperdiçado chances claras e mostrando desorganização tática e perdido pontos importantes.
*Reportagem: Patrícia Gonçalves/ Agência RTI Esporte