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Festival do Rio bate recorde de público

Ao longo de dez dias, evento exibiu em clima de maratona, mais de 300 filmes e atraiu cerca de 140 mil pessoas

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reprodução

O Cine Odeon, no Centro do Rio, foi palco de uma noite de consagração neste domingo (12/10). O encerramento da 27ª edição do Festival do Rio, foi apresentado pelos atores Clayton Nascimento e Luisa Arraes e contou com o retorno dos prêmios do voto popular.

O evento reuniu artistas, produtores e cinéfilos em uma celebração que confirmou a força e a diversidade do cinema brasileiro. Ao longo de dez dias, o festival exibiu em clima de maratona, mais de 300 filmes e atraiu cerca de 140 mil pessoas que lotaram as salas de cinema e diversos filmes passaram pelo tapete vermelho da festa, marcando um recorde de público e consolidando-se como um dos principais encontros audiovisuais da América Latina.

A diretora do festival, Ilda Santiago, comemorou a vitalidade desta edição: “O Festival do Rio segue como um espaço essencial para o cinema brasileiro e para o encontro entre realizadores e plateia. É uma festa da diversidade de olhares e vozes do audiovisual”, afirmou.

Neste ano, em que o país ainda celebra o Oscar de Ainda estou aqui, o cinema nacional foi o grande protagonista. Das produções exibidas, 120 eram brasileiras, distribuídas entre mostras competitivas, estreias e retrospectivas.

Na principal mostra competitiva do evento, o Troféu Redentor de Melhor Longa de Ficção foi para Pequenas criaturas, da brasiliense Anne Pinheiro Guimarães. O longa, que teve estreia mundial no festival, será lançado nos cinemas no primeiro semestre de 2026, com distribuição da Filmes do Estação.

A distribuidora Adriana Rattes celebrou o impacto positivo da recepção do público: “A reação nas sessões foi um ótimo termômetro. Pequenas criaturas chegou discretamente e conquistou o público. É uma honra distribuir um filme tão delicado e potente.”

O prêmio de Melhor Documentário foi para Apolo, dirigido por Tainá Müller e Ísis Broken. Em sua estreia atrás das câmeras, Tainá comemorou o reconhecimento: “É uma emoção imensa e uma validação muito importante. Apolo fala sobre diversidade e sobre dar voz a quem é marginalizado. Ganhar esse prêmio no Dia das Crianças tem um simbolismo muito forte.”

O longa Ato noturno, de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher, foi um dos grandes vencedores da noite, como o Melhor Filme Brasileiro no Prêmio Félix e Melhor Roteiro na Première Brasil.

Klara Castanho foi eleita Melhor Atriz por SalveRosa, enquanto Gabriel Faryas recebeu o prêmio de Melhor Ator por Ato noturno.

Entre os documentários, Cheiro de diesel, de Natasha Neri e Gizele Martins, recebeu o Prêmio Especial do Júri e o Voto Popular.

Leandra Leal e Ângela Leal foram homenageadas com o Prêmio Especial do Júri por Nada a fazer. “Este filme é uma declaração de amor à minha mãe e à fé que tenho na arte como transformação”, disse Leandra no palco.

A emoção também marcou o discurso da atriz Ana Flavia Cavalcanti, vencedora de Melhor Atriz na mostra Novos Rumos por Criadas: “Minha mãe fez muita faxina para eu estar aqui. Este prêmio é dela também.”

A diversidade foi outro ponto de destaque. Diva Menner, premiada como Melhor Atriz Coadjuvante por Ruas da Glória, afirmou: “Sou uma travesti preta e dedico este prêmio às minhas ancestrais que não tiveram as mesmas oportunidades.”

A presença feminina se fez sentir em praticamente todas as categorias. Diretoras como Anne Pinheiro Guimarães, Suzanna Lira (SalveRosa), Mini Kerti (Dona Onete – Meu coração neste pedacinho aqui) e Cíntia Domit Bittar (Virtuosas) reafirmaram a potência das narrativas conduzidas por mulheres. Suzanna Lira, que venceu o Voto Popular de Melhor Longa de Ficção, lembrou a trajetória de resistência.

Filmes estrangeiros
Além da mostra nacional, o festival ampliou horizontes com novas categorias de voto popular para filmes estrangeiros. O Prêmio Félix Internacional consagrou A Sapatona Galáctica (Lesbian Space Princess), das australianas Leela Varghese e Emma Hough-Hobbs, enquanto o brasileiro Allan Ribeiro levou Melhor Documentário por Copacabana, 4 de Maio.

Com sessões esgotadas, debates e encontros de mercado no RioMarket, o Festival do Rio reafirmou seu papel como espaço de resistência e de encontro entre gerações do audiovisual.

Para Walkiria Barbosa, uma das diretoras do evento, “O Festival é mais do que uma vitrine — é um espaço de resistência, de encontro e de celebração da arte.”

Entre veteranos e novos talentos, a 27ª edição do Festival do Rio coroou o cinema nacional e reafirmou sua vocação: celebrar a pluralidade, a criatividade e a força transformadora do cinema brasileiro.