A Fiocruz vai ampliar a capacidade de produção de insumos e kits diagnósticos para o SUS com a cessão de uma planta produtiva da bioMérieux, formalizada nesta segunda-feira. A fábrica fica em Jacarepaguá, no Rio, e será operada pela fundação por dez anos. A decisão evita o fechamento da unidade pela empresa francesa.
A bioMérieux, fornecedora da saúde pública desde os anos 70, decidiu encerrar suas atividades no local durante a reformulação do modelo de negócios no Brasil. Em vez de desativar a estrutura, optou por cedê-la à Fiocruz. O acordo inclui cooperação em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica.
A operação da Fiocruz no espaço está prevista para começar em março de 2026, com a produção de testes rápidos. A nova planta será integrada ao Instituto Bio-Manguinhos, responsável por vacinas, kits diagnósticos e biofármacos destinados ao SUS. A transferência amplia a infraestrutura da instituição.
No local, será possível realizar todo o processo produtivo, desde o corte até a montagem final dos testes. A unidade também contará com áreas de controle de qualidade, testes de estabilidade e produção de painéis para avaliação externa. Isso deve agilizar etapas e dar mais eficiência à produção nacional.
Com a nova fábrica, a Fiocruz espera reduzir prazos, ampliar a autonomia e fortalecer a resposta do país em emergências sanitárias. Segundo o presidente Mario Moreira, o passo é estratégico para inovação e precisão diagnóstica. A meta é oferecer soluções rápidas e tecnológicas à população.






