Antes de tudo, o técnico Hernán Crespo analisou a eliminação do São Paulo na Copa Libertadores após a derrota em casa para a LDU. Precisando de dois gols para levar a decisão aos pênaltis, a equipe criou, mas falhou na conclusão e acabou novamente ficando pelo caminho nas quartas de final. Com a derrota por 1 x 0 no Morumbis, o placar agregado ficou 3 x 0 para os equatorianos.
O treinador explicou a escolha de um atacante improvisado na ponta e defendeu a estratégia. “Acho que com Rigoni, Luciano, Ferrerinha, Bobadilla e Rodriguinho poderíamos ser ofensivos com esses cinco. Produzimos muito, mas não concretizamos. Essa foi a diferença”, avaliou.
Crespo reconheceu o momento delicado do time no setor ofensivo. O São Paulo soma três jogos sem marcar e apenas um gol nos últimos cinco compromissos. “O único jeito de sair de uma situação difícil, de muita dor, é trabalhar, acreditar e continuar”, disse.
Questionado sobre a fase de Luciano, que completou 12 partidas sem balançar as redes, Crespo preferiu destacar a importância do jogador. “A coisa mais difícil é conviver com essas situações. Ele tem qualidade, cria ocasiões. Em outros momentos, tocava na bola e era gol. Agora não acontece, mas não há discussão sobre suas qualidades”, defendeu.
Hernán Crespo citou o sacrifício de Lucas Moura
O treinador também comentou as dificuldades físicas do elenco, citando Lucas Moura, Luiz Gustavo e até Oscar, que luta contra dores. “Tenho que agradecer pelo esforço. O Lucas, por exemplo, não estava 100% e mesmo assim entrou. Essas situações pesam, mas o time foi perseverante”, afirmou.
Crespo fez uma metáfora ao avaliar a eliminação. “No futebol, muitas vezes, dois mais dois é sete. Hoje deu sete, não deu quatro. Se desse quatro, passávamos. Criamos, tivemos volume, mas eles aproveitaram melhor”, resumiu.
Por fim, o argentino ressaltou que a realidade financeira e estrutural do clube também influencia no planejamento. “Existe uma dinâmica, não é só trazer ou vender jogadores facilmente. A gente tenta fazer o melhor possível. Às vezes dá certo, outras não. Essa é a realidade do São Paulo hoje”, concluiu.
*Reportagem: André Luiz Costa/ Agência RTI Esporte