O Japão registra uma escalada de ataques de ursos em 2025, com pelo menos 11 mortos e mais de 100 feridos em várias regiões. Diante da crise, o governo convocou as Forças de Autodefesa para apoiar caçadores e equipes de resgate, especialmente na província de Akita, no norte do país.
O governador de Akita, Kenta Suzuki, alertou que as equipes locais estão sobrecarregadas e não conseguem conter os incidentes. O ministro da Defesa, Shinjiro Koizumi, afirmou que os militares prestarão apoio logístico, embora a lei impeça a caça direta pelos soldados.
Entre as vítimas recentes está Kiyo Goto, de 79 anos, atacada enquanto colhia cogumelos em Akita. Em outro caso, um urso invadiu um supermercado em Numata, atacando dois idosos e deixando clientes em pânico. Ocorrências semelhantes foram registradas em Iwate, Nagano e outras províncias.
O aumento dos ataques é atribuído ao desmatamento, redução de florestas nativas, envelhecimento da população rural e abandono de áreas agrícolas. A escassez de alimentos naturais leva os ursos a invadir casas, armazéns e centros urbanos em busca de comida.
As autoridades locais informaram que apenas em 2025 houve 54 vítimas em Akita, contra 11 em 2024. Foram registrados mais de 8 mil avistamentos de ursos no país, que incluem ursos-negros de até 140 kg e ursos-pardos de até 400 kg na ilha de Hokkaido.






