Um levantamento da Genial Quaest divulgado neste sábado (20/9) mostra que a PEC da Blindagem, Proposta de Emenda à Constituição nº 3/2021, teve repercussão majoritariamente negativa nas redes sociais, com 83% das menções reprovando a iniciativa dos parlamentares. As críticas também atingem o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o Congresso, enquanto hashtags como “CongressoInimigoDoPovo” e vídeos de inteligência artificial voltaram a circular.
A PEC estabelece prerrogativas parlamentares, determinando que presidentes nacionais de partidos com representação no Congresso sejam julgados pelo STF, salvo em casos de crime inafiançável ou flagrante. Nestes casos, os autos são remetidos à respectiva Casa, que decide sobre a prisão por voto secreto da maioria dos parlamentares. O texto será relatado pelo deputado Cláudio Cajado (PP-BA) e amplia o foro especial atualmente previsto apenas para presidente, vice-presidente, membros do Congresso, ministros de Estado e procurador-geral da República.
Segundo a pesquisa, 17% das menções foram positivas, feitas por parlamentares e militantes ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), destacando críticas ao STF e lembrando decisões contrárias à Lava Jato. Entre 16 e 20 de setembro, foram registradas cerca de 2,3 milhões de menções à PEC, com alcance médio de 44 milhões de perfis por hora, sendo 46% relacionadas a Hugo Motta e à Câmara.
Na última quinta-feira (18/9), o ministro do STF Dias Toffoli determinou prazo de 10 dias para que a Câmara forneça informações sobre a tramitação da PEC, atendendo a um pedido do deputado Kim Kataguiri (União-SP) via mandado de segurança. O caso evidencia o clima de polarização sobre prerrogativas parlamentares e a relação entre Congresso e STF, com repercussão significativa no ambiente digital.






