O rei Charles III deu início ao processo formal de retirada dos títulos e honrarias do príncipe Andrew, seu irmão, em meio ao escândalo internacional que envolve o milionário Jeffrey Epstein e acusações de abuso sexual e tráfico humano.
Segundo o Palácio de Buckingham, Andrew passará a ser chamado apenas de Andrew Mountbatten Windsor e deixará a Royal Lodge, mansão em Windsor onde vive desde 2003. O contrato de ocupação foi encerrado, e ele deverá se mudar para a propriedade real de Sandringham, residência particular do monarca britânico.
O caso marca o rompimento definitivo entre Andrew e a Coroa, após anos de desgaste público. O príncipe, conhecido pelo estilo de vida luxuoso e amizades no alto escalão internacional, foi acusado de abusar da americana Virginia Giuffre, uma das vítimas da rede mantida por Epstein, que explorava menores em Londres, Nova York e nas Ilhas Virgens Americanas.
Embora Andrew negue as acusações, aceitou um acordo judicial para encerrar o processo. A família de Giuffre celebrou a decisão do Palácio: “Hoje, uma garota comum derrubou um príncipe britânico com sua coragem e verdade.”
Em comunicado, Buckingham destacou que “Suas Majestades expressam solidariedade às vítimas e sobreviventes de todas as formas de abuso”.
O afastamento de Andrew é o mais severo já imposto a um membro da realeza desde a Primeira Guerra Mundial, quando o Parlamento retirou os títulos do príncipe Charles Edward por lutar ao lado da Alemanha.
Apesar da perda das honrarias, Andrew permanece na linha de sucessão ao trono, na oitava posição. Suas filhas, Beatrice e Eugenie, continuam a ser tratadas como princesas.






