Com a presença de 12.300 participantes, contra sete mil no ano passado, terminou hoje (7/11) no Rio a 3ª edição da fisweek, evento de inovação, criatividade e tendências da saúde.
Durante três dias, mais de 700 palestrantes se apresentaram em mais de 300 painéis. Paralelamente foi realizado o Rio Health Forum, voltado para parcerias estratégicas e que recebeu 600 líderes do setor, contra 400 em 2024. O Fórum teve 46 painéis.
“Foram superadas todas as expectativas. Não há outro evento desta magnitude na América Latina”, destacou Manuela Melo, CEO da fisweek.
Ela adiantou que a fisweek26 já tem data – será realizada entre os dias 11 a 13 de novembro – e que também está no planejamento a realização, pela primeira vez, de uma fisweek em São Paulo, no primeiro semestre. Também está na programação, em junho, um encontro regional em Brasília, reunindo lideranças da saúde.
A fisweek25 teve uma participação recorde também de startups: 180, que promoveram apresentações de suas soluções para governos e empresas de venture capital. Foram realizados encontros, por exemplo, com o Governo do Estado do Rio e com a Secretaria de Saúde do Recife, além do Sebrae-RJ.
“A presença dessas empresas de tecnologia foi tão expressiva que em 2026 realizaremos um evento voltado especialmente para startups”, destacou Manuela Melo.
O Rio Health Forum foi aberto pelo Ministro da Saúde em exercício, Adriano Massuda, que representou o Ministro Alexandre Padilha. Além de Massuda, a abertura contou com a presença, entre outros, do presidente da Fiocruz, Mário Moreira; Ana Estela Haddad, secretária de Saúde Digital do Ministério da Saúde; o presidente da ACRJ e do Conselho Estratégico da Iniciativa FIS, Josier Vilar; e o ex-ministro e presidente do RHF, Nelson Teich. O Forum teve como tema “Construindo um sistema integrado e sustentável na saúde”.
As Trilhas de Conteúdo abrangeram o Bem-Estar e Longevidade; Complexo Industrial e P&D; Educação, Ética, Regulação e Direito da Saúde; e Experiência, Jornada e Engajamento na Saúde. E, por iniciativas próprias houve painéis de instituições, como Todos Juntos Contra o Câncer, Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), Fórum Pediatria, Fiocruz, Inca e Academia Nacional de Medicina.
Passaram pela fisweek25 e RHF, distribuindo conhecimento, os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e José Gomes Temporão; Gonzalo Vecina, ex-presidente da Anvisa e um dos idealizadores do SUS; Sue Ann Clemens, a infectologista brasileira que liderou os testes da vacina Oxford/AstraZeneca durante a pandemia; e o médico e gerontólogo Alexandre Kalache, ex-diretor da OMS e referência global em envelhecimento ativo; Margareth Dalcomo, pesquisadora e pneumologista; e o secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, entre tantos outros importantes nomes da medicina e saúde.
A partir da Iniciativa FIS, o evento contribuiu para conscientizar e disseminar informações relevantes sobre o que acontece no Brasil e no mundo no segmento. A Iniciativa é a maior comunidade de saúde da América Latina e tem um amplo ecossistema de lideranças, com uma rede de mais de 40 empresas e entidades parceiras e o propósito de ampliar o acesso a uma melhor qualidade de vida, ao bem-estar físico, mental e social.
Informações significativas foram compartilhadas também no 3º dia do evento, no Rio Health Forum, que teve a discussão sobre o “Dilema na Saúde: A Ética Coletiva e a Ética Individual no Olhar do Judiciário”.
Carlos Alberto Barros Franco, conselheiro da ANM, e Edson Vismona, presidente do Conselho do Instituto Ética Saúde que teve como moderador Cláudio Tavares, desembargador do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) participaram do painel e salientaram a complexidade da medicina no Brasil.
Carlos Alberto Barros Franco lembrou dos casos de judicialização, como de pacientes que não fazem transfusão de sangue por causa da religião, mesmo em caso de risco de morte, mas que não podem impedir que seus filhos recebam o tratamento. Edson Vismona reforçou que é impossível manter uma regra geral para casos específicos, por exemplo.
Na fisweek25, o painel “Marcas que Geram Valor para Empresas” teve como palestrante Ana Couto, CEO da Ana Couto Branding, e contou com a moderação de Guilherme Ferri, CEO da N3 Partners, e de Manuela Melo, CEO da fisweek25 e CMO da Iniciativa FIS.
Manuela Melo destacou a necessidade de entender a marca, como ela é, faz e fala.
Guilherme Ferri informou que o marketing já está olhando para a saúde e não para a doença, uma visão diferente para o segmento.
“Acho que o Branding vem nessa analogia de uma marca forte, uma marca saudável, uma marca poderosa. O mundo mudou, mas nem todo mundo dança no Tik Tok. Tem que criar relevância. É preciso gerir valor por menos e com mais impacto”, afirmou.
Com as pessoas vivendo mais tempo, o tema longevidade se tornou um dos mais importantes do evento. No “Desafios e Oportunidades para a Longevidade”, Renato Garcia, analista técnico da Firjan, comandou o painel, com moderação de Anael Alberto, pesquisador da Firjan. Renato Garcia disse que atualmente os aposentados são ativos. “Vamos chegar na longevidade sem ficar nos aposentos, como no passado”. Segundo ele, os remédios prolongam a vida, mas é necessário viver com qualidade e de forma saudável.
Outro assunto que mereceu atenção especial foi “Cibersegurança e Privacidade de Dados em uma Saúde cada vez mais Digital”. Felipe Galofaro, COO da Elytron Security e Marcelo Borges, CEO da Wisecare tiveram como mediador Bruno Mondin, vice-presidente da Stefanini destacaram que o setor de saúde é um dos mais atacados por hacker. O primeiro é a área financeira. Eles explicaram que nos últimos anos o número de casos aumentou e sugeriram mais acompanhamento e investimento para se proteger, como tem feito o segmento financeiro.
Segundo eles, 45% dos ataques atualmente são provenientes de fatores técnicos, ao contrário de antes que entravam nos sistemas por meio de roubo de senhas, por exemplo. E alertaram que a situação é grave e relevante porque os profissionais de saúde perdem o contato com os dados do paciente que corre risco de vida. Finalizaram avisando que a segurança de dados é uma prática diária.
Rodrigo Vilar, CEO da Iniciativa Fis encerrou a fisweek25. “O evento superou minhas expectativas. A Iniciativa FIS nasceu no Rio, mas cada vez mais está em todos os lugares para melhorar o ecossistema. Temos grandes possibilidades de unir vários públicos para levar acesso à saúde, onde não há um protagonista somente, mas todos como protagonistas”.
Além das corridas dos participantes na Lagoa Rodrigo de Freitas e do coffee parties, com DJ, que aconteciam diariamente, a fisweek25 e RHF abriram espaço para adoção de cães. Vale lembrar que todo o dinheiro arrecadado com ingressos para a #fswk25 será integralmente doado a três instituições sem fins lucrativos: a Fundação Pró-Coração (FundaCor), em Laranjeiras, que oferece programas de ensino e pesquisas com foco na área cardiovascular; O Cultural, no Encantado, que desenvolve ações como formação e capacitação comunitária e atendimento em saúde; e a Casa de Lázaro, um abrigo de cães no Méier, que levará nos animais à #fswk25.






