Após o rompimento político entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), o União Brasil indicou que pode se tornar um novo aliado do chefe do Executivo fluminense. Em declaração nesta semana, o presidente nacional do partido, Antônio Rueda, demonstrou disposição para acolher Castro em futuras articulações.
“Se o Bolsonaro não apoia o Cláudio, o União recebe ele de braços abertos”, afirmou Rueda.
A declaração ocorre dias após Bolsonaro anunciar publicamente que não pretende apoiar Castro em uma eventual candidatura ao Senado nem Rodrigo Bacellar (União), presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), para o governo estadual.
“Não vou apoiar Cláudio Castro para o Senado, nem Bacellar para o governo. Pode avisar lá. Vou esperar as coisas acontecerem e decidir com calma o que vamos fazer no Rio em 2026”, afirmou o ex-presidente.
O estopim da crise foi a exoneração de Washington Reis (MDB) da Secretaria de Transportes, decisão tomada por Castro com apoio de Bacellar. Reis é aliado de longa data da família Bolsonaro, e a saída do cargo foi interpretada como um movimento de afastamento do grupo bolsonarista.
Em uma tentativa de reconciliação, o senador Flávio Bolsonaro (PL) chegou a sugerir que Castro revertesse a demissão em um anúncio conjunto com Bacellar, proposta que foi rejeitada pelo governador.
Com o eminente rompimento, o gesto do União Brasil pode representar uma reconfiguração importante no cenário político fluminense de olho nas eleições de 2026.